Poemas -> Introspecção : 

Confissões de Bar

 
Tags:  bar    álcool    prostitutas  
 
Confissões de bar

Sentado defronte aos meus devaneios
mergulho em infindáveis oceanos
de ócio,álcool, fumaça e paixão.
Escrevo minha vida em folhas soltas,
em guardanapos rotos, em rostos outros,
em tantos cantos, cantos tantos e tantos...
Minha caneta se reabastece nos prantos
dos bêbados, notívagos, prostitutas,
guardadores de carro, vigias, porteiros,
marginais, boêmios, perdidos, carentes.
Escrevo meus versos nos papéis catados
nos bares, nas casas, nos parques, cemitérios,
presídios, prostíbulos, teatros;
e continuo minhas linhas
nas almas, corações, rostos, olhos,
sorrisos, estômagos, âmagos, entranhas,
veias, artérias e corpos e corpos e corpos...
E escrevo a vida, os sonhos, delírios,
vícios, ilusões, tristezas, alegrias,
falsidades, atrocidades, paixões,
razões, realidades, delícias, tesões.
Sou poeta, lúcido, louco, puto,
bêbado, boêmio, miserável, pobre.
Enfim, sou mendigo das emoções,
carente que sou.





Todos os direitos reservados.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Mauro Gouvêa). Você não pode fazer uso comercial desta obra.

 
Autor
Mauro Gouvêa
 
Texto
Data
Leituras
1428
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.