Poemas : 

Novas medidas de austeridade

 
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Como foi que nos deixámos embalar
por este sono que nos cega com a luz falsa
de uma noite despida de estrelas
donde não conseguimos já despertar?

Como foi que nos deixámos seduzir
pelas sereias deste canto enfeitiçado
que nos tornou estranhamente submissos
à nudez de um destino vago e inútil?

Nada nos pertence agora
para lá da mágoa que transportamos
no dorso inclinado sobre o lodo
onde a voz sombria dos oráculos
desenha um crepúsculo de cinzas

A que ocultos deuses cedemos
a troco de um horizonte sem norte
o leme frágil dos passos acorrentados?




 
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Runa
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/10/2012 15:15  Atualizado: 07/10/2012 15:15
 Re: Novas medidas de austeridade
Oi Runa, bom dia.
definiria assim os teus versos: inquietações, são questionamentos de muitos...

Hoje iremos às urnas, quem sabe... Haja mudança... Pois,
estamos cansados 'das mesmas respostas dos políticos... ',
[...] Então mudamos as perguntas, para desta forma, alienar toda a existência e recriar uma nova evolução, para que haja um renascimento, como uma fênix, das suas próprias cinzas e de novo os deuses terão orgulho e serão idolatrados pela evolução do homem.

Sempre excelentes as tuas colocações!
Gosto da força e da coragem estampadas nos teus versos...
Te abraço