Eu amo-me, de facto. Fecho os olhos e imagino-me a beijar-me. No meu ventre dança a emoção das borboletas que voam para mim, vagueiam-me nos cabelos e beliscam-me as faces rosadas.
Perdoa-me.
Mas o prazer que sinto ao falecer com os dedos nos meus lábios é distinto, é puro, injusto e feroz.
A míngua reside no meu corpo quando a nudez se vê ao espelho. É um mar. Eu navego-o.
Conduzo as mãos, os olhos, o toque pelo corpo. São flores que me nascem entre as pernas. Pequenas luzes fazem-se apagar e eu sei, eu sei que sou eu, eu sei que nasci para mim e isso chega para me amar.
les fleurs mortes.