Poemas : 

Lascas

 
Cai meu mundo,
espatifa-se o retrato da família,
ao ouvir avizinhar-se com um estrondo
um outono sem face à minha espera.
Mãos abrirão portas de armários, gavetas,
casacos e meias
dando a impressão de calor.
Mas eu sou você! Frio e tardio
qual lua quando demora a vir,
e o olhar já não está mais atento ao ocaso.
tomo o caminho de volta e já é noite.
Já sou você.


o mais importante não se conta, se constrói com o não dito, com o subentendido, a alusão”. (Piglia)[/color][/color]

 
Autor
Maria Verde
 
Texto
Data
Leituras
1047
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
3
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 28/01/2013 19:58  Atualizado: 28/01/2013 19:58
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Lascas
Boa tarde Maria, sua personagem sofre disfunções em sua personalidade, mais logo em seguida retoma o seu sujeito e reassume as rédeas do seu existir,
Parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 29/01/2013 02:47  Atualizado: 29/01/2013 02:47
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17960
 Re: Lascas
traduz o sentir de muitos, como se fosse o meu...
é um encanto todo teu que (me) acasala.
beijo Maria bonita... da fã