Poemas : 

aval de carne

 
já não ficam ao dependuro
as carnes secas ao calor da bel-vontade
as salgadeiras atuais
são de titânio puro
mascaram de eternidade
a decadência dos ciclos
em fantasias de pele curtida a bisturi
-
títeres em série
artificiais
da boca, já nem se sabe
se se abre
ou se sorri.

tou nem aí...
essas carnes são sempre iguais
já as conheço de outros carnavais

e o que interessa é a garantia
que se clone a fantasia.

 
Autor
Propoesia
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1136
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 13/02/2013 01:19  Atualizado: 13/02/2013 01:19
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: aval de carne
Boa noite nobre poetiza, o homem diante da sua arrogância, face ao que imagina ter alcançado em seus conhecimentos tenta mascarar o imutável, e quanto mais mudanças promove, mais igual permanece.
Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 14/02/2013 04:13  Atualizado: 14/02/2013 04:13
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: aval de carne
E acaso talento se clona? (aff) bjs