Poemas : 

Na irreverência da minha vontade

 
Esmaga-me o tempo
num tempo esmigalhado
pelo vento suão,
caem as cordas do violino
o maestro fica imponente
a olhar ao que faço do destino…

Cala-se o silêncio
quando as unham roem
a luz das mudanças…

Grito! Silêncios
-não gosto das mudanças
que em mim se agitam…

Lembro que o tempo passou
tanto mudou!
Na irreverência da minha vontade,
pasmada contemplo
que em todo o tempo
os ajustes foram ágeis…fáceis!

Ah! Mas grita em mim
de novo a incerteza…
Rasgo as águas do olhar
sem lamentar
mas a praguejar
que não sei aceitar mudanças
contudo
elas acontecem
sem licença

E

… eu (não) mudo!


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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Enviado por Tópico
lfracalossi
Publicado: 15/02/2013 23:16  Atualizado: 15/02/2013 23:16
Da casa!
Usuário desde: 03/05/2009
Localidade: Campo Grande -MS -Brasil
Mensagens: 447
 Re: Na irreverência da minha vontade
"... contudo elas acontecem sem licença..."
Toda verdade do que nos acontece na vida
estão ali contidas. As mudanças adentram
em nossas vidas sem a nossa permissão e só
nos resta rir... ou chorar.

Lindo seu poema Ana!

Beijos
Lou

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/02/2013 01:22  Atualizado: 16/02/2013 01:22
 Re: Na irreverência da minha vontade
Boa noite Ana.
Lindo poema, onde a irreverência manda no seu desejo.

Parabéns.


Cumprimentos,


Frank_Mike

Enviado por Tópico
AnaMariaOliveira
Publicado: 16/02/2013 08:55  Atualizado: 16/02/2013 08:55
Super Participativo
Usuário desde: 19/06/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 158
 Re: Na irreverência da minha vontade
Quando estamos convictos da nossa razão e dignidade é bom que não mudemos. Mas se perante a reflexão, a análise, o espírito crítico e a autonomia de pensamento, chegarmos à conclusão, que são benéficas algumas mudanças em nós...então a mudança será o caminho...

Mudar com dignidade e respeito por nós mesmos...

Um abraço

Ana Maria Oliveira