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CANÇÃO DE ADEUS HOJE E AMANHÃ

 
Adeus às cores de fogo
Escuras como o breu
Que se abrem num jogo
De azul como o teu céu
Adeus aos silêncios quebrados
Voando em folhas de Outono
Nos teus desejos gelados
Cristalizados no abandono
Adeus aquela correnteza da minha janela
Adeus hoje e amanhã
No odor de uma flor amarela
Perdes-te como uma estranha
Adeus vida fútil e barata
Delírio de abstracção
Em ti ecoa em cascata
A canção que canta dentro do meu coração.
 
Autor
Raul Cordeiro
 
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Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 11/12/2007 11:55  Atualizado: 11/12/2007 11:55
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
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 Re: CANÇÃO DE ADEUS HOJE E AMANHÃ
este poema apresenta uma aura sinestésica de lamento. será o lamento da perda de um grande amor?
concomitantemente ele parece ostentar o peso lancinante do fardo da injunção inimaginável de se ter de dar seguimento ao fluxo da vida.