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SOLIDÃO INEBRIADA DE BOEMIA.

 
Chegou de sua maquinal rotina, sentou-se ao abraço de seu ordinário sofá.
Viu através da escuridão da noite, um meio de saída do seu particular universo de confinamento.
Nos raios de uma estrela cadente, viu quão fútil a idealização de sua vida.Banhou-se, na tentativa da água levar pelo ralo abaixo seus obscuros sentimentos.
De súbito, vestiu-se num ‘pretinho básico’elevou sua autoestima de salto agulha, pintou os lábios de carmesim, perfumou-se de feromônios avant l’amour, pour femme.
Caiu na libertinagem da noite, nos bares experimentou absinto, nas boates temáticas desvairadamente dançou, beijou bocas sem nomes, inebriou-se .
[Nauseou-se de sua correta pseudomoralidade.]
Olhou nos raios da manhã, sua insana/sensatez. Saiu da noite solidão, a seguir sua vida, em seu carro vermelho automático.

Lufague



Das palavras, as mais simples. Das simples, a menor.” Winston Churchill

 
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miriade
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/04/2013 10:01  Atualizado: 21/04/2013 10:02
 Re: SOLIDÃO INEBRIADA...
A solidão nos embriaga de maneira que nossos corações se perdem na mais triste amarguras


Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 21/04/2013 23:55  Atualizado: 21/04/2013 23:55
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 Re: SOLIDÃO INEBRIADA DE BOEMIA.
Lu,
Gostei do miniconto!Creio que todo mundo
uma hora ou outra tem vontade de ser outra
pessoa, viver outra vida e retornar a sua.
Bjo