Poemas -> Fantasia : 

E O TEMPO DETEVE-SE

 
E O TEMPO DETEVE-SE

Prodígio hoje aconteceu
E se prodígio não foi
Algo de estranho brotou
Do tudo de mim que eu sou.
Falar em milagre será exorbitar
Do trilho da lógica se desviar
A cortina do saber querer transpor.
O que aconteceu foi trivial
Por não ir além
Da quietude total
Do pensar de sempre
Do sempre dos homens
Que algum dia ousaram
Devassar a mácula do conhecimento
Chocarem com a certeza
Que só pelo essencial núcleo
Lhes poderá algum dia
Generosamente ser ofertada.
Este instante aconteceu
E de tal sorte evidente ele foi
Que o sol no seu caminhar se deteve
E o próprio tempo
Inopinadamente parou.

23/05/2013

 
Autor
luciusantonius
 
Texto
Data
Leituras
984
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 23/05/2013 17:45  Atualizado: 23/05/2013 17:45
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: E O TEMPO DETEVE-SE
...há momentos assim - diziam os antigos - de prodigios interiores...profundo poema!

abraço amigo António

arlindo m.


Enviado por Tópico
AnaMartins
Publicado: 30/05/2013 18:18  Atualizado: 30/05/2013 18:18
Colaborador
Usuário desde: 25/05/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 2220
 Re: E O TEMPO DETEVE-SE
Um poema que celebra a prodigalidade de um único momento, tão único que fez parar o tempo. Bravo, Sr. Bernardino!
É óptimo vê-lo por cá, e melhor ainda, lê-lo

beijinhos para os 3:)