Tocam as badaladas do tempo
o relógio corre em segundos
afinados com as cordas
...os sinos ficam no alto
na contagem dos quartos de hora...
Os meus olhos pensam
o pensamento chora
na medidas dos compassos
do corpo que a alma não ignora...
Lampejam clarões nos montes
ao som das teclas das mãos
escorrem dos lamentos... suspiros
de um não entendimento
deste vento de contramão!
Movem-se os ponteiros
nos certeiros carreiros
desenhados por pedaços
que o peito estilhaça
nos estilhaços sobreviventes
de um digital contentamento
que a virtualidade já não desconhece...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...