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Calo-me para que não oiças o gemido

 
Calo-me para que não oiças o gemido

nem sintas o uivo do vento na tua face ausente

para que eu te possa escutar, fecunda dum olhar… quente



Calo-me…de tantas vezes que choro, sem soluços

como quem pede uma prece, calando o verbo inerte

no sepulcro silente dos meus lábios, incongruentes



Calo-me no fulgor da palavra, despindo a madrugada

numa quietude perigosa, lavrando o poema cansado

e no silencio visto-me subtilmente, do verbo ainda quente.

fluindo centelhas nos olhos esquecidos, longínquos de ti



Escrito a 24/07/13
 
Autor
Liliana Jardim
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/07/2013 16:50  Atualizado: 24/07/2013 16:50
 Re: Calo-me para que não oiças o gemido
bela escrita. parabéns.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 25/07/2013 02:34  Atualizado: 25/07/2013 02:34
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Usuário desde: 25/01/2009
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Mensagens: 17875
 Re: Calo-me para que não oiças o gemido
penso que um poema queimando deve ser assim...
bjs e obrigada

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/08/2013 06:43  Atualizado: 02/08/2013 06:43
 Re: Calo-me para que não oiças o gemido
Gosto desta tua nova escrita. Versos longos cheios de beleza.


Bom ler-te de novo


Beijo azul