Poemas : 

A seca do Natal

 
A seca do Natal



Não vou a Pasárgada
coisa alguma.
Ficarei, Manoel
de bandeira em punho,
a cantar meus cactos de Natal,
emudecendo a seca,
mas sem trazer carinhos de Graciliano.
É o brilho da seca
que tudo de triste traz
nos perversos sóis
que tudo secam.
Meus folguedos de verão
estão na fome das lágrimas
no cru destruído do campo
em seca dor alheia a tudo
como se não houvesse rei no sertão
e se Pasárgada fosse regida por um sol
que nos deixasse órfãos
na dor do grito faminto
de um gavião carcará,
fim de um euclidiano lido.

 
Autor
Paulino Vergetti Net
 
Texto
Data
Leituras
713
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.