[os lírios voam sem destino jamais serão aves migrantes...]

.................meu pontilhado
e reflexão

que posso eu dizer,
que digo

:

ainda que seja voo
o dos lírios
o olhar fica preso ao solo
num en lace
d'Alma
que sabe do rumo
que sabe do norte
que sabe que pode ir
e voltar
sair de momento
mas nunca abandonar

e mesmo que sejam aves
as andorinhas sabem-no
regressam
não perdem

e se for o dedo
um poiso
aninham-se
e ficam

Obrigada

que te sorriam os ventos
como eu

Sorrio-te

Gostaria eu de transcrever as imagens e emoções que o teu poema me deixam!

Exímio


Beijo azul

Que maravilhoso poeta Ricardo, suas palavras teimam em falar desse jeito belo, baloiçando a nossa atenção de uma forma magica ….Parece coisa de mãe e filho na hora de dormir…

Parabéns por escrever:
[os lírios voam sem destino jamais serão aves migrantes...]
…no entanto ainda podem ser recados de amor ou quem sabe, alimento de pássaro que foge do alvoroçado mar…

Um abraço ….

Que beleza, caro Poeta!

Ler-te traz uma calmaria para a alma agitada,

como um barco que desliza nas águas , agora, serenadas ... embora , o silêncio possa ser o grito desesperado da metamorfose do vermelho (papoula) para o branco ( do lírio) que voa ,como uma seta certeira, ao coração angustiado... o silêncio escuro, busca a luz e o som doce, do ruflar das asas das aves... que vão e vêm conforme as estações [emoções].

Gostei tanto, que viajei , assim... teus textos se dobram e desdobram em mil significações.

Parabéns e obrigada pela partilha!

Um abraço,


ALICE

Beleza de poema:santelmos, lírios,foices do tempo. A harmonia das palavras é que cantam a beleza de tudo isso.
Achei belíssimo.

Abraço.

após lê-lo, impossível abster-me de dizer ao menos, que; trazes a tona do mar abissal reduto das belas palavras, verso em seu estado puro para que embriaguemos-nos de poesia... ah, caro amigo e poeta Ricardo, é o que se vem pedindo aqui, mais gente com essa delicadeza de não permitir que a poesia voe sem melodia; em mostragem de literatura vulgar, mesmices açucaradas, frase inócuas, inodoras e de sabor insosso... obrigado por trazeres versos imitando canções...;

"
delimitando espaços,
buscando novas rotas, ou outras, tanto se me dá.

Ruem as foices do tempo pela matina,
sim, sorrir-te-ás,

que seja assim,
a escuridão."


meu abraço caRIOca

"Dispersam-se as linhas do horizonte,
inexplicáveis,
exaltam-se esconderijos do salso reino,
cantos perdidos a cada dia,

espalhando-se como murmúrios,
sussurros, pragas rompendo
as redes de pesca que se afundam
como a noite impenetrável,"

No fundo, o poema expressa influências da escola simbolista, o que desperta ainda mais os mistérios dos muros impenetráveis. O que é poesia senão a representação do invisível captado pela alma do poeta? - Para sua orientação, leia os poemas de Cruz e Souza.