Poemas : 

O Mar de Sangue

 
 
Durante a formação do reino de Portugal
Que se passou há já quase novecentos anos
Ouve lendas e ditados que ficaram na história
E outros que nunca passaram de enganos.
Um dos que eu mais gosto de contar
É o do milagre dos campos de Ourique
Que sucedeu ao nosso primeiro rei
E que sempre na história fique.
Passou-se assim como vou contar
Esta lenda tão linda
Que apesar de ser tão antiga
Niguem a esqueceu ainda.
Afonso Henriques que era
Conde Portucalense e cavaleiro
Resolveu dar batalha em Ourique
Aonde chegou primeiro.
Os adversários eram bastantes
Ricos, fortes e poderosos
As famílias dos Almoravids
Bem bravos e corajosos.
Mas Dom Afonso não tinha medo
Este era o fidalgo que desafiava
O líder dos seus inimígos
Para ver se o encravava.
Ele punha-se em frente das suas tropas
E chamava o seu oponente para duelo
Para evitar derramar o sangue dos seus homens
E tambem assim para bate-lo.
Ao chegar aos campos de Ourique
A notícia chegou aos seus ouvidos
Que as forças dos mouros eram muito superiores
E que os cristãos já estavam vencidos.
Na noite anterior á batalha
O Conde teve uma visão
Em que lhe apareceu São Tiago
E Jesus Cristo de espada na mão.
De ver tão altas divindades
Muito emocionado ficou
E durante a aparição
Foi Jesus que lhe falou:
“Senhor Conde o senhor vai
Ganhar uma batalha gloriosa
Que vai ficar gravada na história
E será para sempre famosa.
Escute o que Eu lhe vou dizer
E não quero que o senhor se zangue
Pois amanhã vou lhe mostrar
Um mar pintado a sangue.”
Dom Afonso ficou convencido
Que a vitória ia ser sua
Mesmo sem ter bem percebido
Ajoelhou-se á luz da lua.
Ainda de noite deu ordens
Que as notícias fossem espalhadas
Pelos exércitos dos mouros
E para serem bem trabalhadas.
De manhãzinha bem cedo
Ainda o céu do leste estava lilaz
Formou os seus soldados em fila
E po-los a marchar para trás.
Os Emirs dos mouros confusos
Decidiram em perseguir
Aquele cristão meio maluco
Que agora tentava fugir.
Com metade do seu exército
Ficaram brancos de exangue
Quando de um monte avistaram
Os Portugueses a atravessar um mar de sangue.
Supersticiosos e cheios de medo
Os mouros retiraram-se em grande algazarra
A fugirem dos Portugueses
E daquela visão tão bizarra.
O Conde virou os seus homens
Naquele sanguíneo mar
Naquele campo de papoilas
Que a briza estava a ondular.
Com os inmígos em fuga
Foram facimente derrotados
Mortos de várias maneiras
Estripados e decapitados.
A morte dos principes mouros
Foi uma coisa exemplar
Degolados em frente aos seus homens
Para na memória ficar.
Os cinco principes foram homenageados
Com uma honra imortal
Ficaram para sempre as cinco quinas
Da bandeira de Portugal.
Foi assim que o Conde ordenou
E a palvra dele era lei
Depois que a batalha ganhou
Logo aí se declarou Rei.

[i]Esta lenda é ficção, desde que não existe nehum documento histórico que descreva a batalha de Ourique, e até há historiadores que digam que a própria batalha foi lenda. Não há acordo, entre os sabedores e comentadores da nossa história, do local exato aonde a famosa batalha tenha sido contestada, e por isso foi relegada a lenda. Por minha parte, eu desejei dar-lhe um toque romantico para que o passado seja um pouco mais alegre. Francisco Letras

[/i]

É bom conhecer o passado, mesmo que não seja verdade
 
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Franknbea
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