Eram tantas histórias vividas e mortas,
Papéis de cartas, palavras ditas,
Confusão em mente e caneta na mão,
Era difícil expressar seus sentimentos,
Apesar de senti-los o medo atormentava,
Que exposta sua alma se tornava frágil,
Que dizendo o que pensa era pouco amada,
Era um constante conflito de personalidade,
Eram os que criticavam e os que exaltavam,
Os que a amavam e odiavam,
E o que ela odiava e amava em si mesma,
Era o espelho mentindo todo tempo,
Um reflexo amargo de olhos tristes,
Uma vastidão de uma alma atormentada,
Enquanto carregava um sorriso não seu.
Era falta de amor próprio que a machucava,
Era o medo de não ser amada que atormentava,
Medo de se entregar ao amor e não ser aceita,
Era uma vida incompleta e distante.
Se o que teus olhos viam era real,
O que de fato era realidade?
Quem perde algo perdido está?
Ou apenas no meio da perda pode se encontrar?
Se encontrar o amor depende do tempo,
Quanto tempo ainda demoraria pra surgir o amor?
Se a vida passa rápido e sempre acaba,
Como saber aproveitar cada momento?
Mas era fácil encontrar a resposta,
Difícil era aceitar a sua fragilidade,
Uma palavra simples e cheia de verdade,
Apenas viva.
Por mais sofrimento que o mundo lhe traga,
E decepção que a vida lhe mostre,
Por mais que seu coração se parte,
Apenas viva, assim de medo não se morre,
Pois quem tem medo em vida morto está,
Arrisque-se enquanto pode,
Antes que a luz do teu mundo venha a se apagar.
Tatiane Nunes Freire
Re: IN-SEGURO
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