Poemas : 

Dona Melancolia

 
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Oh, Dona melancolia!
Como tu és maldita,
Tão chata e vadia!
Costumas atrapalhar
Somente em momentos
Totalmente inoportunos
Quando se é preciso estudar!
Tudo Influência dos anéis de Saturno!
Logo no baço começa a ser produzido
Um excesso de bile negrume!
E a tristeza vem, e me consome!
Ah, mas que bela sensação azedume.
Não tens nada melhor para fazer não?
Estás gorda, obesa, imunda!
Tão monstruosamente gorda
Que quando chega de fininho
E vem se sobrepor em meu peito
Exerce sua massa maldita, comprime!
Sua vagabunda, energúmeno!
Vá arranjar melhor trabalho!
Chega de me atormentar,
Vá procurar outro salafrário
Quem sabe até um espantalho?!
Deixe em paz este pobre coração,
Não quero sofrer com mais uma!
Já basta a minha doce solidão.

O médico grego Hipócrates, no séc. V a.C., definiu a melancolia como a “bílis negra”, um dos quatro humores corporais que na sua teoria se constituem por sangue, fleugma, bílis amarela e bílis negra. Para Hipócrates, o planeta Saturno exercia influência no humor do indivíduo e levava o baço a expelir bílis negra em excesso, causando a melancolia.
 
Autor
UsuarioZWT
 
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