Sonetos : 

A JACTÂNCIA E A ARROGÂCIA

 




Trazei, até mim, essa impura, jactância,
Prendei-a, e à gabarolice, à arrogância,
E jogai fora, as chaves, do férreo algoz
Que a fará gritar, a veros urros, o atroz

Bramido, que agora já sem importância,
Mais se parece, com a dúctil elegância,
Com que o povo saindo à rua, em feroz
Altitude, é a sobreposição de todos nós.

E, assim, com essas néscias, criaturas,
Suspensas, no cimo desta viril enxovia,
Retiraremos do corpo pesadas alvuras,

Acordados que aí ficamos para prender
Esses dois meliantes, de noite e de dia,
Para que possamos, no reinado lá viver.

Jorge Humberto
24/12/07






 
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jorgehumberto
 
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