Percorro sem cessar estes montes outrora verdes,
agora cinza que o lume ardeu!
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!
Negros, tristes,
sem vida,
profanação que ocorreu em ti,
ultraje que o homem insensato cometeu!
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!
Constantes vidas sempre em mutação,
esta forçada,
pela violação!
Ocorre no tempo,
que o tempo perdeu.
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!
Será que não veem o erro aqui?!
Oh! Homem malvado que moras num mundo que não é só teu!
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!
Passado recente,
tão longe está da bela ilustração,
Vida que era vida,
e agora morreu.
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!
Árvore da vida,
não morras assim,
não deixes que vida se afaste de ti,
não tiveste escolha…
Germinou a crueldade do homem,
que erro concebeu!
Sou eu, e os montes!
Os montes, e eu!