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TARDE DO SILÊNCIO

 
TARDE DO SILÊNCIO

Pelass tristes paisagens, a visão vagueia,
ouvindo a minha direita, som de cascatas,
e de frente, um mar que banha a areia
e a esquerda, vejo verdejantes matas.

Lugar que já frequento a tantos anos,
venho aqui, onde a solidão sempre existe,
venho, para recordar os meus desenganos,
a alma em descanço, essa tristeza assiste.

Nesse silêncio, percebo que tudo morre,
consigo esquecer minha ilusão perdida,
e essa melancolia, a natureza não socorre,
parece doer mais, essa eterna ferida.

Silêncio até nas asas da ave que além voa,
sinto que aqui minha alma quase desmaia,
ao contemplar as águas calmas da lagoa
que como eu, fica isolada da praia.

Silêncio, um marasmo por todos os cantos,
tudo deserto, tudo parado desde a aurora,
sozinho, curtindo meus lamentosos prantos,
ao relembrar minhas aventuras de outrora.

De muito distante,chega o som de um sino,
que na imensidão participa dessa agonia,
chegando até esse lugar, como clandestino,
como a parte mais triste de uma poesia.

GIL DE OLIVE

 
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gil de olive
 
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Enviado por Tópico
samuelk7
Publicado: 15/01/2014 21:43  Atualizado: 15/01/2014 21:43
Da casa!
Usuário desde: 28/09/2013
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 Re: TARDE DO SILÊNCIO
Bravo poeta!Você se fundiu a natureza e ela se juntou a você e ambos navegaram nessa melancólica tarde de silêncio!Um abraço

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 15/01/2014 22:40  Atualizado: 15/01/2014 22:40
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
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 Re: TARDE DO SILÊNCIO
Boa noite Gil, seus versos narram um personagem extremamente melancólico, e providencialmente consciente vivendo as suas agruras conforme lhe são designadas pela natureza. um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/01/2014 11:08  Atualizado: 16/01/2014 11:08
 Re: TARDE DO SILÊNCIO
A silênco que vem junto com aquela tarde onde o sons dos vento traduz um sentimento de tristeza, e solidão junto a aurora do entardecer