Sonetos : 

Censura do Tempo

 
Final de tarde e o céu triste chora
Ouço a distância pulsar teu coração
Pelo vento que vagueia mundo afora
A saudade num poema de paixão

Um poeta sonha o que a alma recorda
Passado que insiste ser presente, então
Perpetuado no tempo, vivendo a hora
O amor que o destino faz ser seu brasão

Intensidade sem cura, desenha a loucura
Quando em vão, procura em cada rosto
Olhos da essência que no instante perdura

Cotidiano pagão em dimensão e espessura
No ciclo amargo envelhecido por desgosto
Despejando a lágrima por viver uma censura


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 21/01/2014 19:54  Atualizado: 21/01/2014 19:54
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
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Mensagens: 6699
 Re: Censura do Tempo
Lindo soneto!
Apreciei muito as rimas.
Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/01/2014 20:02  Atualizado: 21/01/2014 20:02
 Re: Censura do Tempo
Perfeito!