Sonetos : 

Ainda Há Tempo

 
Trancada em si mesma e refugiada do real
Solidão do eu, sombra de um brilho de luz
Isolamento cônscio de um cotidiano anormal
Ao mundo que o contorno não mais a seduz

Pela estrada solitária de um sonho artificial
Constrói os versos que o seu desejo faz jus
Ao paradoxo da face de uma razão casual
A vida que dorme em selar a própria cruz

Anacrônica no tempo de uma verdade vencida
Conteúdo em poema que procura a liberdade
Pensamentos que ardem pelo fogo da vontade

Em descobrir o rumo a qualquer porta de saída
Que a leve a tatear a cor infinita da eternidade
Eliminando a incerteza que lhe priva a felicidade


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 22/01/2014 13:42  Atualizado: 22/01/2014 13:42
Usuário desde: 03/09/2012
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Mensagens: 18165
 Re: Ainda Há Tempo
Parabéns Murilo!
Soneto magnífico! Beijos!
Janna