Poemas : 

Banalidades do verbo amar

 
O verbo amar dilacerado agoniza
Palavras iguais semeadas a eito
Poetas percorrem cansada estrada
Sabendo que perderam o jeito

Quem socorre a palavra
Quem socorre os afectos
Há muito que a tinta lava
Amores proibidos, desejos escondidos
Em surdina descartados no nada
De uma safra enganadora
Quem socorre a palavra de si mesma
Ou atira a primeira pedra
Quem é o último dos poetas
Que ao erguer renega amor

O verbo amar dilacerado agoniza
Silaba a silaba a esperança eterniza
Será sonho, ou o amanhã floresce
Em todos os poemas que o amor desconhece

Poesia de Antonia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.pt/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 30/01/2014 13:09  Atualizado: 30/01/2014 13:09
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
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 Re: Banalidades do verbo amar
Como entendo o teu poema e a tua mensagem. Mas, eis que o amor nunca consegui entender e nem escrever sobre ele como gostaria.

Karla B

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/01/2014 15:53  Atualizado: 30/01/2014 15:53
 Re: Banalidades do verbo amar
Carissima Antonia.

Mais um texto inconfundível de sua autoria.

Comentá-lo é "coisa" para entendido e... eu sou apenas apreciador e, como apreciador, encantei me com ele.

Parabéns por ele

Abraços

Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 30/01/2014 21:54  Atualizado: 30/01/2014 21:54
Membro de honra
Usuário desde: 08/12/2008
Localidade: Vila Viçosa
Mensagens: 3855
 Re: Banalidades do verbo amar
Obrigado pela leitura.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/01/2014 00:14  Atualizado: 31/01/2014 00:14
 Re: Banalidades do verbo amar
Um belíssimo poema, um maor dilacerado