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ENCONTRO CASUAL- CAPT 6

 
ENCONTRO CASUAL- CAPT 6
 
Duas semanas se passaram e Micaela, Mirthes e Corine, ficaram cada vez mais próximas. As funcionárias da grife, acharam isso um pouco estranho... Claro, inveja e comentários indiscretos, existem em toda parte do mundo.
Uma tarde, já totalmente integrada dos seus afazeres no atelier, Micaela finalmente ouviu seu celular tocar com uma chamada de Jordan.
Mirthes percebeu que ela aceitava um encontro na cafeteria (a mesma em que haviam se conhecido). Desta vez, do lado de dentro, com uma mesa já reservada por Jordan.

Depois de desligar o celular, timidamente Micaela olhou para sua chefe e disse:
_ É um rapaz que conheci no mesmo dia em que estive aqui, na primeira vez...
_ Ah, sim? Que interessante, mas não precisava me dizer, querida. Sua vida particular deve ser preservada. A menos que, queira partilhar comigo ou com Corine...
_ Sim, vocês tem sido como uma família para mim, nessas últimas duas semanas que estou aqui. Pagaram médico, deram local para morar, comer...até roupas e calçados novos, além dos acessórios e maquiagem!
Nunca tive atenção dessa maneira. Confesso até que fico sem jeito, são tão boas para mim. Não há nada demais em compartilhar um pouco da minha vida: Esse rapaz, Jordan, tem minha idade. É bonito, e pelo que percebi, bem posto na vida... Nos conhecemos numa cafeteria bem perto daqui, aquela muito frequentada, na esquina. Combinamos de nos reencontrar assim que ele tivesse um tempo livre. Parece que finalmente ele teve...
_ Isso é ótimo, Micaela. Dessa forma, pode se distrair um pouco. Porque está sempre cuidando do trabalho, e não a vejo sair com alguma companhia, nem aos fins de semana!
_ Sim, madame Mirthes. Eu sempre fui uma pessoa solitária. Tive pouquíssimas amizades na vida. Acho que se conta nos dedos de uma mão...
_ Ah, mas agora ponha nessa cabecinha que não é mais: Aqui tem Corine e eu; agora o Jordan...
_ É verdade, não sou mais uma solitária na vida!
_ Quem sabe, até namoram?
_ Não sei... Ele tem uma classe social melhor do que a minha. Acho que seremos bons amigos, disso tenho certeza, porque nos entendemos em pouco tempo. Parece até que ele já me conhecia... Nos afinamos tanto!
_ Hum, parece que de sua parte, existe um interesse maior do que amizade...
_ Confesso que ele me impressionou e que torci para que ele ligasse. Mas seria muito difícil, porque acho que ele quer ser apenas meu amigo.
_ Bem, o tempo dirá. Agora apronte-se para esse encontro, vá com uma de suas roupas novas, aproveite para ficar bem bonita, isso além do que já é...
_ Sim, obrigada pela força, madame Mirthes.
_ Posso te pedir para não me chamar assim, quando estamos somente eu, você e Corine? Apenas na frente das outras funcionárias, certo? Chame apenas de Mirthes.
_ Se prefere assim...
_ Sim, acho que Corine também!
Essa, que a tudo ouvia de sua mesa, fez que sim com a cabeça.

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Jordan ainda não havia chegado ao Café.
Micaela sentou-se diretamente na mesa que estava reservada com seu nome e o dele, ficando à espera.
Ela estranhou como um britânico poderia se atrasar.
Cerca de 5 minutos depois que ela havia chegado, ele apontou na entrada da porta. Micaela virou-se para que Jordan a visse.
Ele então, dirigiu-se até onde ela estava sentada aguardando...

Desculpou-se pela pequena demora. Micaela riu e respondeu:
_ Estranhei um inglês se atrasar!
Ele disse também sorrindo:
_ Não sou inglês, deve ser por isso...
_ Não é? Pensei que fosse, com esse sotaque britânico! Onde nasceu então?
_ Nasci em Montmatre, na França, como você. Somos conterrâneos.
_ Por que não me disse antes?
_ Não quis atrapalhar seu relato, no dia em que nos conhecemos.
_ E como e quando veio para cá, me conte agora.
_ Ah, isso foi há muito tempo atrás, quando era apenas um bebê: Fui adotado por um casal que estava na França para uma férias. Visitaram o orfanato, gostaram de mim, me adotaram e sou feliz com eles.
Não poderiam ter pais melhores!
_ Sorte sua!
_ Sim, realmente... Pena que você não teve tanta assim, depois que ficou órfã...
_ Nem me fale! Mas agora as coisas estão melhores. Estou trabalhando numa famosa grife: Rêver de la Belle.
_ Conheço. Minha mãe compra sempre lá. Algumas vezes vou até lhe acompanhando...
_ Ah, sim? Que ótimo. Numa dessas idas, me procure: Farei questão de conhecê-la.
_ Ora, não precisa esperar por isso: Pode almoçar conosco no sábado, que tal? Convide também as madames Mirthes e Corine. Minha mãe gosta muito delas. Se conhecem pelo menos há uns 8, 9 anos...
_ Nossa, como esse mundo é pequeno! Hoje mesmo, falei sobre você com madame. Como não disse o sobrenome que estava no seu cartão, ela deve ter pensado que seria outro Jordan...
_ Certamente. Então, está combinado?
_ Sim, de minha parte irei. Vou convidá-las também.
_ Faça isso. Mamãe ficará contente coma a presença de todas. Agora vamos pedir? Conversamos e ainda não comemos e bebemos nada!
_ É verdade! Quero um café expresso com bolo inglês, torradas, queijo cremoso e geleia de morango. E você?
_ Engraçado... Vou pedir exatamente o mesmo, parece que leu meu pensamento!

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* Aqui termina minha mostra desse conto. De agora em diante, se tornará meu novo livro.
Quem quiser continuar a ler, terá com certeza de comprar quando eu terminar de escrever.
Pretendo fazer pelo menos, mais 14 capts... Se a inspiração for boa!
Agradeço quem acompanhou até agora.
Beijinhos.

Fátima Abreu
 
Autor
FátimaAbreu
 
Texto
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1916
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