Poemas : 

intermitências

 
a chuva conversa lá fora
por dentro a madrugada
afoga

pensamentos inquietos
gastam o chão
a vidraça acolhe a chuva
como se pra matar a sede
de um deserto

o vento trás a poesia solitária
de voz e violão
endeusando a noite molhada.
a ponta de um cigarro imaginário
risca a rua nas mãos de um vulto
que se abriga em lembranças

e o calor da alma abraça o corpo
da madrugada


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 03/03/2014 18:33  Atualizado: 03/03/2014 18:33
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: intermitências
Boa tarde Mary, sua personagem aprecia a chuva, e junto com ela os demais fantasmas circundantes que povoam o seu imaginário parabéns pelo instigante poema, MJ.


Enviado por Tópico
fernandamoreira
Publicado: 03/03/2014 19:25  Atualizado: 03/03/2014 19:25
Membro de honra
Usuário desde: 13/01/2014
Localidade: Sao Paulo
Mensagens: 2461
 Re: intermitências
A chuva vezes minha amiga
outras me deixa desaguar
em versos molhados de beijos
e a noite as lágrimas a sonhar

muito bonito querida amiga Mary

bjnhos de sabedoria

Nanda

Enviado por Tópico
belarose
Publicado: 03/03/2014 23:59  Atualizado: 03/03/2014 23:59
Membro de honra
Usuário desde: 28/10/2010
Localidade:
Mensagens: 9026
 Re: intermitências
Boa noite,Mary!

Linda sua poesia,parabéns!

bejs

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 04/03/2014 05:29  Atualizado: 04/03/2014 05:29
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: intermitências
abraça também o batom no canto
de um sorriso que não machuca o olhar...
voando entre seus versos vou agradecendo o deleite.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/03/2014 10:48  Atualizado: 04/03/2014 10:48
 Re: intermitências
Chuvas que umedecem os silêncios das madrugadas. Tocando levemente no telhado, fazendo o amor acontecer