Poemas : 

Cenas cotidianas

 
Olhos nublados, tristes, as multidões passam.
O mar é pequeno diante das indiferenças
Que vencem todos os dias, todas as horas.
È um deserto de água, de lua e de pão.
Perto e longe do céu, nada.
Nem áureo, nem brilho na imensidão.
Morre-se sem luar.
Morre-se de lábios ressecados,
Onde nenhum desejo mais vive,
Morre-se do medo que espreita
A vontade de saciar os que vivem.
Morre-se então de balas, de bombas
Morre-se de sede, de fome, de desgosto
De ódio, de racismo, de desprezo
Morre-se de tudo.
Morre-se no útero e em todo lugar
Morre-se, morre-se, morre-se ...


 
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Jovina
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/05/2014 01:24  Atualizado: 27/05/2014 01:24
 Re: Cenas cotidianas
O desgostos do despreso já ultrapassou as prórpias indiferenças