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Poema furtivo

 
Tags:  outros    cordas    continuadas    amarrio  
 
Poema furtivo
 
O poeta ao falar de si fala dos outros,
que cada um tem um quê do outro.
Tudo é como se fosse um amarrio de cordas
seguidas, compassadas, continuadas.
O poeta ao falar dos outros fala de si,
que cada um outro tem um quê de nós,
cada um vive a vida alheia sem saber
e morre na morte do outro.
Cada poema é impessoal, é de todos,
ainda que impregnado de evidências da mão.
O meu seu poema dele não existe.




Remisson Aniceto - poeta brasileiro, da cidade de Nova Era, editor da Revista PROTEXTO, de páginas abertas para novos e conhecidos autores.

 
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Remisson
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