Pudesse eu reter o teu brilho para sempre como as praias retém refém um único grão de areia

Caro Poeta Gil de Olive são tantas as vezes em que os brilhos
se escoam pelas mãos semiabertas como um adeus tímido.
Queixo-me então do sorriso perdido num solavanco
Mais forte
Do barco.

Tudo recomeça. Obrigado Poeta.

Agradeço-te

E como são sempre necessários os mergulhos pela imensidão daquilo que desconhecemos,
por vezes como uma brisa que acaricia a face
outras vezes sabendo que a eternidade não está sempre à nossa espera.
E dize-lhe: além mais além por aquela queda de água infinita que se evapora por entre os dedos como ilhas desertas no meio de um oceano atormentado.
Faz-me conhecer o cheiro que invade as Estrelas da noite deslumbrada

Restam sempre os momentos, os cheiros, as visões desta memória que se cansa. Poetisa muito obrigado pelo comentário.

Agradeço-te

e cansam-me os brilhos eternos, como se jamais saíssem do lugar
imóveis, sem espaços,
sem vontade de correr ou de ir sempre mais além, pudesse eu apenas reter-me em sossegos.
Vejo as velas negras desfraldadas
Um mar horizontal
Sem pausas
Sempre rente à nudez dos corpos amantes que se habitam

Visões. Obrigado Poetisa.

Agradeço-te

tudo recomeça e é nestes recomeços que tudo se transforma
até as noites sem fim de inverno
até os dias sem fim de verão.
Tudo recomeça esperando os cintilares da maré vaza
Sossegam alguns cavalos antes loucos trotando pelas ondulações gigantes
Sem receios ou desconhecidos

Obrigado.

Agradeço-te

tudo acontece pelas pressas de um caminho cada vez mais longínquo
tem vezes que não é sequer atrativo mesmo sabendo
que a chegada tem sempre o brilho retido da partida. Enfim.
E se as preces declamam um ou outro verso disperso
Queixo-me então do sorriso perdido num solavanco
Mais forte
Do barco.

Obrigado Poetisa.
Agradeço-te

tudo começa sem palavras, apenas o olhar, o sentir
mas existem correntes marítimas terríveis, há quem diga que escondem
os verdadeiros monstros do mar. Há que ir em frente,
Tudo recomeça esperando os cintilares da maré vaza
Sossegam alguns cavalos antes loucos trotando pelas ondulações gigantes,
apenas sossegos.
Obrigado Poetisa.

Agradeço-te

Sabes Poetisa que admiro, nem sempre me questiono sobre a vida
ou o que ela representa de belo de desafiante, como o tal grão de areia refém, retido pelas imensidões do areal. Ao longe/perto
Um mar horizontal
Sem pausas
Sempre rente à nudez dos corpos amantes que se habitam
Recomeçando sempre
Este caos

Vida.

Obrigado Poetisa.

Agradeço-te

e quantas vezes o grito não salta boca fora
querendo apenas que a implosão não seja demasiadamente violenta
que seja dor, que sejam viagens sem rumo ou rota, mas que sejam sempre deslumbrantes
Faze-lhe conhecer a vida destes breves anos frente à eternidade
essa pode sempre esterar mais um pouco por nós.
Ah... se eu soubesse um dia adormecer.

Muito Obrigado Poetisa.

Agradeço-te