Sonetos : 

PATRANHAS

 
Carinho meu partiu, sem que sentiste
Por claros céus, meus medos dissolveste,
Patranhas do teu fel, amor viveste,
Um ronco de mistério sempre viste.

Nos meus louvados véus, onde tingiste,
A tua hábil mão vadia - carente,
Passada no meu corpo docemente,
Que como o orvalho puro atingiste.

O meu olhar, que o passado esqueceste
E choras tua dor nua, que fincou
Colada no meu lábio, recebeste;

As dores deste sonho que findou,
Que já se enlouquece e feneceste
O brilho do teu mundo que me amou.



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
711
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Zélia Nicolodi
Publicado: 22/01/2008 23:07  Atualizado: 22/01/2008 23:07
Colaborador
Usuário desde: 18/01/2008
Localidade: Curitiba - PR.
Mensagens: 983
 Re: PATRANHAS
Mais um de seus belos sonetos!
É muito bom ler seus versos, Núria...
Beijos, minha amiga e muita luz, para você!