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A Última Canção *

 
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A Última Canção *


Hoje
Eu poderia escrever(vos)
O poema mais definitivo de todos
Neste tempo de mecanismos imprecisos
Não seria belo, o verso!
Nem musical, o ritmo!
Nem criativo, o tema!
Nem original, a forma!
Nem relevante, o conteúdo!
Seria… definitivo …
Se os corpos
Assassinassem o nome
E entregassem a outras carnalidades
A assinatura
Escrevendo sangue, suor, lágrimas, sorrisos, gritos, mutismos
Transfusões nos próximos e nos longínquos
Saudações e padecimentos vertendo energias, nervografismos!

Qual é o nome que escrevem quando respiram?





LSJ, 160720140237

* a rever
 
Autor
sommerville
 
Texto
Data
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2903
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Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/07/2014 15:44  Atualizado: 17/07/2014 15:44
 Re: A Última Canção
nunca é fácil interpretar os teus poemas. leva-me a pensar, é um desafio. parabéns, Jorge.


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 18/07/2014 10:24  Atualizado: 19/07/2014 11:04
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: A Última Canção *
DEUS!
Amor, luz, eternidade, lindíssimo poema, transcede-me. Abraço. Vólena


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/07/2014 20:14  Atualizado: 19/07/2014 09:53
 Re: A Última Canção *
Um poema com "sabor" a vida intitulado como "A Última Canção *"...deveras original.
Realço esta questão que acaba em cheio o seu cantar, se me permite:

"Qual é o nome que escrevem quando respiram?"

Respirar é viver também, mais ou menos bem, é viver...

bj

Enviado por Tópico
RayNascimento
Publicado: 19/07/2014 01:38  Atualizado: 19/07/2014 02:45
Membro de honra
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Localidade: Monte Roraima - tríade fronteira Brasil/Guyana Inglesa/Venezuela - - Amazônia - Brasil
Mensagens: 6544
 Re: A Última Canção *
Respiro o nome do poema
E escrevo em letras de sol
Do grito de palavras perdidas
Em Lemúria e Atlântida
Caminhando pelos ensinamentos
Buscando o conhecimento
E entendimento para chegar
A iniciação do discernimento
Na sinestesia da Rosa
No infinito além do céu
Buscando em cada rosto do poema
escrevendo com o sangue vertido
No cenotáfio d'alma de pedra e cal
Da voz que silencia em meu peito
Na poesia que beija
O papel e o mármore
Com a última canção
"o pássaro do fogo".

Ray Nascimento

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