Poemas -> Introspecção : 

Flutualidade

 
mas, se não foi dado
asas ao humano,
foi-lhe entregue a leveza d’ alma
para alçar voos
em distintos céus.

por dentro de si,
voa
investindo em próprio universo
onde estrelas mapeiam
territórios com suas
complexas atmosferas;
ego, amor e ódio
se permutam e
até se acariciam
confundindo as faces
após mil voltas no
próprio entorno
para exaltar o núcleo.

confisca tesouros
e outras bugigangas sentimentais
para pendurar em tolos instantes
prescritos por
malandros desejos,
incrustando-os
na diáfana liberdade
de se fazer majestade
com a extensa envergadura
dos sonhos...
incansáveis asas
que o tempo só apara
quando o céu,
de dentro do ser,
apaga.



Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
Texto
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1356
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3
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Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
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3
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Enviado por Tópico
Robertojun
Publicado: 13/08/2014 21:16  Atualizado: 13/08/2014 21:16
Membro de honra
Usuário desde: 31/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2292
 Re: Flutualidade
Olá, MarySSantos!

Passando para ler o poema.
Amei ter lido.

Parabéns!

Abraço,
Roberto Jun


Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 13/08/2014 21:17  Atualizado: 13/08/2014 21:17
Membro de honra
Usuário desde: 18/06/2010
Localidade: Cáceres, MT
Mensagens: 5086
 Re: Flutualidade
Que beleza! Uma introspecção que nos leva a entender a grandeza do sentimento que temos na alma. Lindo poema.


Enviado por Tópico
Jovina
Publicado: 13/08/2014 21:28  Atualizado: 13/08/2014 21:28
Colaborador
Usuário desde: 23/09/2012
Localidade: Salvador
Mensagens: 537
 Re: Flutualidade
Cara poeta,
Seu poema nos lembram que em nós habitam
muitas coisas boas.
Como sempre um belíssimo texto
Jovina

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/08/2014 12:39  Atualizado: 14/08/2014 12:39
 Re: Flutualidade
*UAU!
Esse foi lá para os meus tesouros! Para ler e reler.

*tateei meu coração por dentro. ele ainda bate, mesmo que o compasso da ondulação das minhas asas é lento, limitado e extremamente ingênuo...

Beijoka*


Enviado por Tópico
F.Duarte
Publicado: 15/08/2014 06:34  Atualizado: 15/08/2014 06:34
Da casa!
Usuário desde: 17/10/2012
Localidade: foz do Rio Tejo
Mensagens: 338
 Re: Flutualidade
,já nem sei, ou desejo saber.

,opróbrios desgarrados quais anjos que esvoaçam
pelas rajadas do vento norte, desfazendo asas,
quais pássaros loucos

desfazendo sonhos que se arrastam,
vagarosamente, até adamastores escondidos. "Após mil voltas na lua,
terra musa pra voejo,
plana confiscando tesouros
prescritos por seus desejos". Belo Poetisa Maria. Obrigado.



Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 22/08/2014 16:05  Atualizado: 22/08/2014 16:05
Colaborador
Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: Flutualidade
Amiga MarySSantos
É mais que um poema!
"...com a extensa envergadura
dos sonhos,
essas incansáveis asas
que o tempo só apara
quando o céu,
de dentro do homem,
apaga."

Final perfeito!
fico a pensar...

Parabéns Poetisa!


Enviado por Tópico
Luizfeliperezende
Publicado: 16/04/2018 18:32  Atualizado: 16/04/2018 18:32
Super Participativo
Usuário desde: 04/11/2017
Localidade:
Mensagens: 184
 Re: Flutualidade
Bela viagem aos paraísos
interiores.
E também deparando
com "bugigangas sentimentais" (ótima essa).
De fato, só não pode apagar o "céu de dentro".

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2022 18:03  Atualizado: 06/12/2022 16:26
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