Poemas -> Introspecção : 

estacionamento

 
agigantam-se mãos estrangulando o tempo

superam dimensões mal acabadas
ponto de chegada
monotonias amarronzadas

matizes velhos-dourados
como aquelas folhas
desamparadas de ventos
e de vermes
que dão bilhetes para decomposição.

escassa são as paisagens
à frente da coberta de palha
sujeita a incineração
aramadas rachaduras soletram
no piso, engatando lembranças
e musgos
alimentando
esperanças alhures
vicejar mais cores
na estação das flores.


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/09/2014 13:41  Atualizado: 01/09/2014 13:41
 Re: estacionamento
folhas crocantes, gostoso de ler


Enviado por Tópico
Absalao
Publicado: 01/09/2014 16:04  Atualizado: 01/09/2014 16:04
Da casa!
Usuário desde: 03/08/2013
Localidade: Moçambique, Maputo, Manhiça
Mensagens: 339
 Re: estacionamento
Belo poema
Gostei, deixou-me meditando
Abraço….


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/09/2014 11:56  Atualizado: 02/09/2014 11:56
 Re: estacionamento
Cores que soletram as essências das palavras que se desenvolvem nas paisagem dos elhures, no florir da linda flores.


Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 02/09/2014 13:04  Atualizado: 02/09/2014 13:04
Colaborador
Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: estacionamento
Frágil é a coberta
até que sigamos pelo vale
e possamos subir a colina
e, apreciar com paz
a divina paisagem.

Um excelente poema
para matar as saudades
deixadas.
Beijos
manu


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/02/2015 16:51  Atualizado: 10/02/2015 18:41
 Re: estacionamento
Na tua nossa rua há algo, povoado
De um lençol regato e dum lago,
Algo secreto clandestino privado
Quanto de Bello a rua tua tem

Quanto de vê-lo morre
em cada esquina um homem mau
Na tua rua há um novelo velho
que se tivesse a palavra Almada

Seria modelo e Sena povoado
Ou cidade ou o meu cabelo
Morando nesta cidade sem fim
no fio do fim do mundo

Na tua nossa rua há algo,povoado
De esquinas, labirintos e jogos
Que minhas palavras são lagos
Pouco profundos pra descreve-los

Do chão ao cotovelo da rua
Do lago onde namoro o meu
Rosto narciso e posto ou
Suposto ter palavras sólidas

Que sejam elas o asfalto
Da rua do lago no mês
Maior do ano em Agosto
E do dia maior que Agustina fez

Ou algum humano outro do cotovelo
até aos pés correndo correndo
Da Rua do Algo numero 13 a negro
até ao lago que são os meus pés,

País de Agustina Bessa, luís,
Ruy, Bello, Jorge, Almada, Sena, Fer...