Poemas : 

PERFUME

 
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Não tenhas ciúmes
da água que me lava o corpo,
condenada a morrer-me aos pés,
depois da pele
-
ela é só breve véu preliminar
fazendo o que a chuva faz às flores:

antes do mel.

 
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Propoesia
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2014 12:44  Atualizado: 03/09/2014 12:44
 Re: PERFUME
Lindo!

Parabéns!

Anggela

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 03/09/2014 17:38  Atualizado: 03/09/2014 17:38
Usuário desde: 03/09/2012
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Mensagens: 18124
 Re: PERFUME
Poeta
Delicado e instigante! Abraço!
Janna

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2014 17:43  Atualizado: 03/09/2014 17:43
 Re: PERFUME
Que poesia perfumada...
Gostei muito
Abraço

Enviado por Tópico
MaryFioratti
Publicado: 04/09/2014 03:00  Atualizado: 04/09/2014 03:01
Membro de honra
Usuário desde: 09/02/2014
Localidade:
Mensagens: 2420
 Re: PERFUME
Que lindo!
Sempre adorei seus versos...
Desenhos tao suaves, que ativam a
imaginacao!

Beijos
*Mary Fioratti*

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 02/07/2016 08:27  Atualizado: 02/07/2016 08:27
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: PERFUME
A minha primeira reacção é “UAU!!”, já que não é nada fácil atingir esta harmonia que aqui encontro: esta sensualidade revestida de delicadeza, este dizer forte (falando de algo agreste como os “ciúmes”) sem que essa força denegrida o poema - antes a usando como pretexto para que o poema se forme e fale.
Não há que ter ciúmes dessa água “condenada a morrer aos pés” (fantástica a abordagem deste movimento, como se a água nascesse sobre o rosto e findasse aos pés, exigindo que visualizemos um movimento vertical).
Mas, como se não bastasse o argumento da água que vem para rapidamente passar, eis que nos chega mais um momento de subtileza poética, falando desse “véu preliminar/fazendo o que a chuva faz às flores:/antes do mel.” Haveria imensas maneiras de dizer isto que aqui disseste no final, mas o modo como o disseste torna o poema misterioso e de uma delicadeza extrema – algo difícil perante a mensagem que aqui passas. Admiro a capacidade que tiveste de tornar poético o que poderia ser somente um piropo sem interesse.