Sonetos : 

FICAR ANTE A CURVA.

 


O meu poder trocado em fumo não enche um pito,
Não obstante eu te desejo como um instrumento,
Para dosar o meu desmando vindo do espírito,
Aos quais as carnes sonegam os meus comandos.

Sonhar contigo me traz incômodos é alucinógeno,
Mas não consigo barrar o teu ser nos pesadelos,
Melhor seria que eu convertesse-me num andrógeno,
Sem as emoções para tratar com todos os zelos.

Nas bruxarias transformam-se casos em utopias,
Faz-se um castrado ate pelo rastro mesmo a revelia,
Minando aos pertences que asseguram sua ousadia.

Quero fazer uma regressão marcar outro ponto,
Ficar ante a curva que me impeça ver o teu vulto,
Ver no horizonte focos anônimas não provocantes.


Enviado por Miguel Jacó em 11/09/2014
Código do texto: T4957723
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Miguel Jacó

 
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Enviado por Tópico
acalenta
Publicado: 11/09/2014 14:05  Atualizado: 11/09/2014 14:05
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 Re: FICAR ANTE A CURVA.
Bom dia Miguel!!!


Maravilhoso soneto, adoro seus sonetos, desculpa a ausência.

abraço

acalenta

Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 11/09/2014 14:21  Atualizado: 11/09/2014 14:21
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 Re: FICAR ANTE A CURVA. P/Migueljaco
Há quase sempre uma curva na vida essa é uma que por vezes lembra uma peneira. Esquisito, não? Muito belo este soneto, adorei. Abraço. Vólena

Enviado por Tópico
HelderOliveira
Publicado: 11/09/2014 17:00  Atualizado: 11/09/2014 17:00
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 Re: FICAR ANTE A CURVA.
"Ficar ante a curva que me impeça ver o teu vulto..." às vezes é preferível, efectivamente, ficar ante a curva e feliz, a ficar depois da curva e desolado...
O seu poema, caro MiguelJaco, está bem estruturado e proporciona uma leitura agradável.
Um abraço,
Helder Oliveira