de onde parte a voz que em segredo
me conduz por caminhos que eu sei
serem fantasias de um enredo
que me rodeia e me veste de rei
sou eu que me grito e me invento
a cada dia que passa, em cada noite
num sorriso teu, num meu lamento
no querer me esconder no horizonte
e depois! serei rei do meu ser
a cada passo meu, ou bobo sem riso
num reino que não consiga inventar
e me hei-de perder e depois sem aviso
voltar a andar por onde quiser e poder
ter o meu corpo nu, e sorrir e amar