Veleiros (que não voltam)

Ray, tuas palavras comovem e cortam as palavras cá no peito. Obrigada pelo teu carinho e pela emoção que com nos fala. Beijos de agradecimento.

A vida sem palavras
(poemas mudos),
Sem ar é difícil mais ainda
(como vocês me deixaram)
C'um nó na garganta
Sufocando a emoção do sentir
E um peito que cortado
P'la dor,
Sôfrega,
Na avidez derramada
P'los dedos de uma aprendiz
De um braço que rasga
(meu dedo polegar e braço (esquerdo)
com músculo atrofiado)
Em seu dedilhar
Nos lamentos deixado
A cada silaba,
Palavra,
Linha a linha,
Lágrimas de sal
Inundam as mãos
Desta que se diz poeta
Que reluta para
No abismo do luto
Não, não
Mas cair
Apenas chove,
Chove nas mãos
Agora de emoção
E a culpa é de vocês dois.

Ray Nascimento

Querida amiga poeta, fico feliz em te ver feliz! Quando li na minha página o teu comentário e, logo em seguida o do Sommer, deu-me uma grande vontade de fazer a junção, porque senti sincronia, senti beleza entre as parte. Não se escreça, somos todos aprendizes e somos todos mestres, em coisas diferentes, em coisas só da gente. És discípula e mestre do teu bem maior, do teu querer. Obrigada por engrandecer e incentivar a arte. beijinhos

A tinta que molha minha pena
E pinta a cor da paisagem
O amor pinta de poesia
A minha vida e me presenteia
Com esta conjugação de verbos
Do mestre com a discípula
No privilégio apoemado
Da fusão de dois sentires
Inda que molhado nas lágrimas
Que desfila esmaída
No parapeito do peito
Do mestre e da aprendiz
P'la voz silenciada
Dos "Veleiros(que não voltam)".

Ray Nascimento