Sonetos : 

JOVENS PESCADORES

 



Barcos partem para o mar revolto,
Não se vê vivalma, junto ao porto,
E, perto à janela, uma jovem reza,
Pra que o noivo, venha depressa.

Na fresta a chuva deixa o estertor,
E sentindo frio busca um cobertor,
Ficando ali parada, a astuta maré,
Que, por vezes, chega ao rodapé,

Tão jovem que ela é e tão sofrida,
Mas, este, é o único trabalho aqui
Luta árdua, pra constituir sua vida.

Por muitos sustos já passou, por
Quantos mais não sabe, mas, ali,
Não se entregará, ao dúctil amor.

Jorge Humberto
28/01/08







 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
900
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
1
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 29/01/2008 15:17  Atualizado: 29/01/2008 15:19
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: JOVENS PESCADORES
teu poema me fez rememorar mar morto, de jorge
amado. sobretudo, quando dissertas sobre as angústias que as mulheres do mar sofrem quando veem seus amados partirem para a labuta.