Poemas : 

; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes

 
;
;
;
;
;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
;;
;;;;
;;;
;
;
;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
;;;;;
;
;
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;

; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
mesmo não sabendo do que fujo

se da pedra que cresce
pelo repouso de um até amanhã

se da sombra dos braços do rio
que encobre a voz pousando pela madrugada
dispersando-me à nudez do vento
indiferente aos leves murmúrios

que persistem sempre.

I

mais vazio
mais longínquo

peregrino dentro de mim
sem o branco do luto.

II

acolhe-me ermo

desabitado
assim
desvelado


.renascer-me-ei então.





"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"

("Afrodite? Não" Jorge de Sena)

 
Autor
F.Duarte
Autor
 
Texto
Data
Leituras
980
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
27 pontos
5
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/10/2014 05:23  Atualizado: 18/10/2014 05:26
 Re: ; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
Tem a incorência!.




Belo poema.















Abraço.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/10/2014 11:58  Atualizado: 18/10/2014 11:58
 Re: ; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
sabes
:


as sombras permanecem caladas apenas
dizem-se em respostas
em brisas tardias
quando sopram palavras
longínquas
apenas
elas


o que em mim sente (F.P.)
aguarda-se
para o novo nascer do sol
que

dizes
:

haver
inscrito no mostrador da Alma
sem ponteiros
sem horas a oferecerem-se

Obrigada eu
pela doce tranquilidade
até
da pontuação




meu acolher
,

- ninguém é tão ermo
que não tenha
pelo menos
a sua sombra como companhia
.
assim é

eu sei
! -




Enviado por Tópico
VCruz
Publicado: 19/10/2014 17:16  Atualizado: 19/10/2014 17:16
Colaborador
Usuário desde: 08/06/2011
Localidade:
Mensagens: 678
 Re: ; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
Duarte meu caro, quão preenchidos de vazios estamos...eu da minha parte, vivo drenando estas lagunas, por vezes me canso...só queria renascer...também...
Sempre perfeito!
Bjão
V.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/10/2014 18:01  Atualizado: 19/10/2014 18:07
 Re: ; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
Das sombras das águas refletem os sonhos cristalinos que se penumbra nos nasais dos indiferentes de um longínquo que peregrina dentro de nosso ser.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 25/10/2014 03:59  Atualizado: 25/10/2014 03:59
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: ; velar-te-ei afugentando algumas rajadas inexistentes
Esse branco do luto (sensacional)
Ora peregrino, ora o caminho.
Pelos chifres, o dentro e o chão. Bjs e obrigada