Poemas : 

pálpebras urbanas

 
esse perfume de terra
esse lamento de paisagem
despedaçada pelo sol
as ruas submissas
na fração de um pensamento
ansiosas por uma gota d'água
que se vai entre as lágrimas

a carícia constante do tempo
o silencio despido entre os braços
inquieto em sua expressão
do tamanho de um grande amor
que morre pouco a pouco
como nas velhas fotografias


partido como se fosse um graveto




Vania Lopez


Devo confessar que sou o contrário, meus passos seguem em contrário.
Sou uma pessoa inquieta, vou onde meu vento me leva. Artista Plástica e escritora, as vezes sem saber se pintoraqueescreve ou escritoraquepinta...
Procuro por algo, mas a intenção n...

 
Autor
Vania Lopez
 
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Enviado por Tópico
luisroggia
Publicado: 29/10/2014 09:59  Atualizado: 29/10/2014 09:59
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Usuário desde: 12/01/2011
Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 2639
 Re: pálpebras urbanas
Bom dia!

Num piscar de olhos, os versos se completam
neste lindo poema.

Gostei de vir ler-te.

Parabéns.

Abraço.


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 29/10/2014 13:23  Atualizado: 29/10/2014 13:23
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: pálpebras urbanas
Bom dia Vania, seus versos detém densidade, e intensidade, aquele abraço, MJ.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/10/2014 13:58  Atualizado: 29/10/2014 13:58
 Re: pálpebras urbanas
em toda alma existe sempre um quê de submisso,de revolta e morte em conta-gotas. bjs


Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 29/10/2014 18:45  Atualizado: 29/10/2014 18:45
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Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: pálpebras urbanas
Um amor que morre pouco a pouco é mesmo grande, se pequeno fosse se apagaria num piscar de olhos, num dobrar de pálpebras urbanas.

Um brinde!

Beijo!


Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 30/10/2014 20:57  Atualizado: 30/10/2014 20:57
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: pálpebras urbanas
e descem as pálpebras
inquietas
"como nas velhas fotografias"
que morrem a pouco e pouco
resta "a carícia constante do tempo
o silêncio despido entre os braços", porque não uma ou outra lágrima perfumando a terra.
Depois apenas Parabéns Poetisa Vania. Obrigado.

Agradeço-te


Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 31/10/2014 09:11  Atualizado: 31/10/2014 09:11
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Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: pálpebras urbanas
o amor também sofre intempéries
e.sem gotas esporádicas, seca! Depois só trovodas! (de lágrimas)
mas apenas deixa o cheiro de terra molhada
que a colheita, essa ficará para sempre afectada ou estragada.
Muito bom, gostei muito! E, para acrescentar, porque gostei também,
Faço minhas as palavras da poetisa Amora.


Enviado por Tópico
RaipoetaLonato2010
Publicado: 01/11/2014 01:08  Atualizado: 01/11/2014 01:08
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Usuário desde: 13/03/2010
Localidade: Paulínia-SP
Mensagens: 2788
 Re: pálpebras urbanas
"a carícia constante do tempo
o silêncio despido entre os braços
inquieto em sua expressão
do tamanho de um grande amor
que morre pouco a pouco
como nas velhas fotografias"

E como dói o o a morte do grande amor! Ele escapa pouco a pouco,como a água escorrer entre os dedos.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/11/2014 12:01  Atualizado: 02/11/2014 12:05
 Re: pálpebras urbanas
Um silêncio que despede do tempo, dos olhos, penetrando em nossos seios onde expressa uma dor, que nosso lábios sente por não se mais beijados, despedaçando nossas bocas, pouco a pouco. Dobras que se faz em nosso sentimento em lágrimas.

maravilha de poesia..Bijos


Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 02/11/2014 12:42  Atualizado: 02/11/2014 12:42
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4412
 Re: pálpebras urbanas
Ola poetisa de alem mar, um poema inserido na lentidão do tempo, desse tempo que nos quer livre...

Gostei de te ler

Beijinhos


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 06/11/2014 23:58  Atualizado: 06/11/2014 23:58
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Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: pálpebras urbanas P/Vania Lopez
Gostei muito da poesia e para a Vania um beijinho voador. Vólena

Se é assim tão grande o amor,
se esfria de repente o coração,
quanto maior não será a dor
como se deve sentir a solidão.

Mas se a vida são dois dias,
as carícias do tempo mal paradas...
o melhor é rir e aproveitar
do que lágrimas engulipadas.