Sonetos : 

Soneto para um anjo

 
Crepúsculo no peito, chama ardente
Tua memória pousa em mim magoada,
Como borboleta, imóvel,cansada
Percorrendo parada cada sonho dolente.

Diz-me meu amor na voz que não mente
Porque sinto a alma em mim desmaiada?
Minha prece não merece ser escutada?
Preso na saudade de te ver ausente

O silêncio cobre a boca, deito as mãos sobre poesia.
Outrora via-te sorrir, e então sorria.
Memória boa, que torna hoje as ideias más.

Clareza falta à luz da razão e de meu dia.
E é na obscuridade da duvida fria
Que todo o amor, em silencio se desfaz


Paulo Alves

 
Autor
PauloAlves
 
Texto
Data
Leituras
758
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
2
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/11/2014 11:49  Atualizado: 01/11/2014 11:49
 Re: Soneto para um anjo
a memória sempre se faz de equívocos.. e as palavras, juntas e dessa forma, tornam-se um poema. um bom poema, como este!