Poemas : 

EPITÁFIO ESQUISSO

 
EPITÁFIO ESQUISSO
 
Hoje questionei sobre a razão de nossa existência
Quando chegamos a este mundo, nada trazemos
Um corpo de humano nos é dado, nossa residência
Nele fará morada alma e espírito, ate que jazemos

Aqui ganhamos vida em concepção, de onde advém ?
Muitos falam de reencarnação, milagre da natividade
Outros pressupõem que é um mistério que esta além
Mas a conotação jamais será desvendada em verdade

Isso implica na reflexão, valorização do bem material
Acumulamos tantas coisas perambulando pelo planeta
Fogem de nossas mãos, bens que extrapola o normal
Sabemos, porém, estamos condicionado a ampulheta

Daqui, certamente as únicas que partirão é o imortal
Tudo que aqui nos foi dado, nós deixaremos para trás
A compleição física se definhará, fenômeno natural
Com ela irá vaidade, orgulho, e toda ganância voraz

Não se excetue, você é parte deste plano permanente
Sendo assim esteja ciente, suas conquistas perecerão
Sob a terra as vértebras, o cálcio terá seu fim iminente
A espreita triunfará sobre sua divicia os que o sucederão

Lamentável é saber? Não há outra saída eis à realidade!
Deixe a prepotência, iguale-se, sempre é tempo para isso
Sentirá o verdadeiro oásis, as garantias para a eternidade
Retrate-se, ou certamente seu epitáfio será vil esquisso





Geremias

 
Autor
BOMSUCESSO
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/12/2014 10:11  Atualizado: 11/12/2014 10:11
 Re: EPITÁFIO ESQUISSO
saber
é saber saber-te
sabermo-nos unir

unirmo-nos
é conhecermo-nos
sabermos ser

por fim sermos
é sabermos
sabermo-nos

conhecermos
o surdo epitáfio

Ana Hatherly

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/12/2014 10:13  Atualizado: 11/12/2014 10:13
 Re: EPITÁFIO ESQUISSO
A morte e a vida morrem
e sob a sua eternidade fica
só a memória do esquecimento de tudo;
também o silêncio de aquele que fala se calará.

Quem fala de estas
coisas e de falar de elas
foge para o puro esquecimento
fora da cabeça e de si.

O que existe falta
sob a eternidade;
saber é esquecer, e
esta é a sabedoria e o esquecimento.

Manuel António Pina