Sonetos : 

BÁLSAMO

 
Vou bebendo desta água aos borbotões,
Matando minha desértica sede;
Tecendo com teu fio a minha rede,
Costurando como fazem os tecelões.

Faço de ti a minha companhia,
Afoga-me no âmago a solidão,
Transformo em deleite meu momento vão
Debaixo desta sombra. Poesia:

Vens a mim como bálsamo benigno,
Entrego-me à força do teu signo.
Tu és a maestrina desta pena

Que escreve minha louca aventura,
Que traz a esperança e que procura
Fazer a minha dor ficar pequena.


Frederico Salvo


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/02/2008 21:07  Atualizado: 02/02/2008 21:08
 Re: BÁLSAMO
Todo poeta que ousa um dia ser reconhecido, que ousa ser um dia chamado de "poeta" inicia sua carreira com o aprendizado básico: a construção de sonetos, utilizando os mais diferenciados metros. Este é o ensinamento de Manuel Bandeira. É assim que vejo sua poesia por aqui, com distinção, com melopéia, com sentimento e com talento em compor sonetos. Meus parabéns, um abraço, Godi.


Enviado por Tópico
Pedra Filosofal
Publicado: 02/02/2008 22:14  Atualizado: 02/02/2008 22:14
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 Re: BÁLSAMO
Ao construires estes sonetos matas a tua sede mas tambem sacias quem gosta de ler.
Muito bem!


Enviado por Tópico
Ibernise
Publicado: 03/02/2008 20:13  Atualizado: 03/02/2008 20:13
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Localidade: Indiara(GO)
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 Re: BÁLSAMO
Uma paixão muito forte. Um belo soneto. Seja bem vindo poeta FredericoSalvo,Bj. Ibernise