Sinto hoje a alma cheia de tristeza!
Uma quimera inerte, ignota e vazia.
Lá fora, a chuva, cai tão fria,
Traz nas mãos a força da natureza...
O vento chora os meus ais e reza
A algum Deus a mais sentida agonia!
Vejo pássaros livres voam com ousadia,
Numa primavera sem qualquer gentileza.
Carrego tamanha tristeza mas porquê?!
Serão saudades... Só não sei de quê.
Minha alma e eu, triste destino o nosso!
Que dor é esta que me em lucidez me tortura?
Se ao menos a chuva me lavasse a amargura,
Já que viver assim em loucura não mais posso !!...
Paulo Alves