Sonetos : 

Rancho à beira-mata

 
Open in new window

Rancho à beira-mata

Bem à tardinha desce o sol avermelhado
E lá no meu roçado pia alegre o Xororó
Chegado à tarde eu fico mais consolado
Ouvindo trinar a Araponga e piar o Jaó

A lua cheia surge à noite atrás da mata
E alguém que falta faz a saudade chegar
Uma lembrança que até hoje me maltrata
De uma ingrata que jamais há de voltar

Fico escutando o murmurar da cachoeira
De suas águas que caem lá da pedreira
Que devagar vai embalando o meu sono

À beira-mata se encontra o meu ranchinho
Aconchegante, mas é muito pobrezinho
E tão sozinho vou vivendo no abandono.

jmd/Maringá, 31.03.2015



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
1092
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
13 pontos
1
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/04/2015 12:44  Atualizado: 01/04/2015 12:44
 Re: Rancho à beira-mata
Que beleza! Me senti dentro
dessa paisagem, na quietude
de seu ranchinho gostei!