É indagar pelo mundo desconhecido
Que a tua voz melancólica cria
E procurar um simples sentido
Para enfrentar mais um dia.
É navegar e sonhar acordado
Entre o mar revoltado pela tempestade
Que me deixa acorrentado
Ao teu sorriso, sem piedade.
É procurar o fio do destino
Que me revele o brilho secreto
Desse azul cativante e cristalino
Do teu olhar indiscreto.
É seguir o moribundo cortejo
Do desencanto de uma alma perdida
Que nos confins tem um forte desejo
De ter o teu beijo que me dê a vida…
José Coimbra