A ADÚLTERA

Obrigado, Branca. A conclusão da adúltera de que trafega em terreno escorregadio -- onde o amante de hoje pode se tornar o juiz de amanhã -- é, de facto, um dos grandes achados do soneto. Abraços, Ricardo.

Saudações, gobriel.

Agradeço a leitura atenta e os elogios. De facto, foi um soneto que ficou guardado muitos anos e que, por sua carga emocional forte, precisou ser repetidamente trabalhado para ser correto com os sentimentos de todos os envolvidos. Afinal, era um tema muito fácil de descambar no permissivo ou no dramático. Focar no arroubo da adúltera e sua culpa em superação foi a única forma honesta que encontrei, indo inclusive ao extremo de escrever no feminino. Sim, não é apenas "mais um poema" este... Abraços, Ricardo.

Caro Setedados777.

Agradeço o aparte quanto à imperfeição na métrica do soneto. Fiz uma correção, espero que a correta. Fica tranquilo: não me oponho a opiniões ou críticas, desde que significantes. Quanto ao desafio, não sei se entendi corretamente, mas acredito que V. deseja que troquemos sistematicamente comentários como forma de ambos se motivarem a escrever mais e melhor. Se assim for, não tenho qualquer problema além das limitações próprias do tempo livre que tento dedicar ao máximo para os escritos. Ler seus poemas com atenção e comentá-los em profundidade exigirá, igualmente, tempo e sensibilidade. Enfim, vou me esforçar dentro das já citadas limitações.

Um abraço, Ricardo Cunha.

É exatamente isso amigo! Nos corrigirmos metricamente ao lermos as poesias um do outro. O soneto autêntico exige isso... Meu tempo também é limitado, mas enfim, faremos o que for possível. Abraços e paz! Fica com Deus.

Caro Setedados, fico feliz com seu convite e irei procurar atendê-lo dentro de minhas limitações. Entendo métrica, em particular, e técnicas de versificação, em geral, como um assunto amplo e excelente para a troca de ideias. Lembro-me, por exemplo, de ter lido Manuel Bandeira explicar certa vez a sua opção por não considerar ligação silábica nos hiatos, em conformidade com a métrica camoniana, mas diverso do que é preconizado pelo TRATADO do Olavo Bilac... Em outros sítios de poesia, é comum haver publicações sobre a teoria da forma fixa em poesia e penso que há espaço para isso também aqui. Você vai perceber rápido o quanto isso é controverso... Um abraço, Ricardo Cunha.

Fica com Deus também, caro Setedados777. Malgrado pouco o tempo, ler bem e bastante é necessário para escrever bem e bastante: Dá trabalho para dar prazer! Ou como alguém escreveu há cerca de vinte anos atrás: "Literatura não dá refresco, mas serve de sobremesa". Abraços e paz! Ricardo Cunha.

Nossa! Muito obrigado, Anggela.

Fico muito feliz em ainda conseguir surpreender: é um bom sinal. Nesse soneto eu tentei "ser" a mulher que trai à luz do que uma amiga me confidenciara então. E já faz três, quatros anos!... Enfim, é um poema difícil, com uma espécie de urgência apaixonada que tentei traduzir ora com pausas no meio dos versos; ora com transbordamentos de estrofes. É mais difícil de ler ou declamar, mas impõe ao leitor mais atenção ao que se diz.

Abraços, Ricardo.

Obrigado, nereida, pela sincera e carinhosa censura à minha revisão a este soneto já antigo.

Justifico-a concordando contigo: O rigor das regras pode tornar artificial e fraca a escrita. Quando escrevi a primeira versão deste soneto em 2011, eu me preocupei sobretudo em dar voz à mulher que quer muito amar de novo embora comprometida. Busquei dentro dos sentimentos em conflito um discurso que expressasse a urgência e a paixão de quem, imprudentemente, cai de amores. Para tanto, escolhi a técnica do transbordamento, isto é, o "enjambament", onde as frases continuam de uma estrofe para a outra, como se falasse em atropelo como fazem os amantes que querem dizer muito e se perdem nos devaneios.

Todavia, ao revisar o soneto para publicá-lo aqui -- em meados de 2015 -- adequei alguns versos para que a tônica da sexta sílaba configurasse regularmente o decassílabo heroico. O resultado foi que desde então, ao ler o poema, tropeço com a leitura por ter em mente a versão original mais viva que a revisada. Essa nova versão busca ter novamente um texto mais fluido, ainda que com métrica regular. Acredito, sinceramente, que agora soa melhor aos meus ouvidos.

É isso.

Abraços, RicardoC.

RcadoC

A arte da chapada, com metrica ou dela nao detentora, só se de luva branca for dada, como não é o caso e falhou por kmts o alvo, penso ter da arte eterna passado ao lado!... Mas do enthousiasmous pela certa noun! Nem a Santa Maria Madalena de Pazzi and ao Al vert the verm ele passa ao lado.

Abc

Ilia Mar.

Não sei se entendo bem, mas errar o alvo por quilômetros é sempre um problema em se tratando de poesia... Pazzi -- ou Pazzo só eu -- Santa Maria Madelena nos ilumine!

Agradeço-te a leitura atenta e retribuo-te o abraço.

RicardoC.