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Sinceros e desajeitados, como um dia em um papel, quase sempre rabiscado!

 
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Sinceros e desajeitados, como um dia em um papel, quase sempre rabiscado!
 
Ahh, se as pessoas soubessem que seus respectivos mundos são feitos de papel...
Olho ao redor e vejo tantos desenhos e maquetes de realidades que não existem, me confronto todo dia com sentimentos vazios e garrafas secas e esgotadas pela agonia humana.
Além de todo o vazio, sempre há no interior um frio, e esses processos endógenos são congelantemente assustadores.
Mas nada é tão fugaz quanto o arfar que se segue depois de uma decepção, a tristeza toma forma e assume sua posição, ela vaga perdida andando por ai e quando encontra um peito não tem pressa em partir.
E quando eu me esqueço do meu imenso vazio, passo a perceber e sentir o arrepio que de forma conjunta me inspira e faz transpirar, quando olhos e bocas começam a salivar, e o mundo a minha volta a se transformar.
Cercado de padrões e a vida que é de papel, que mesmo assim com fogo um dia hão de brincar, brincar de transformar o pó em pão.
Mas se pensar, a farinha é assim, um pó sem muito afim, que de outras coligações se juntou, para que o bolo da massa tome o seu valor.
E nessa massa de pão que por fora há de ilustrar, beleza divina e um belo realçar, porém, sem miolo há de ficar, pois este dá engodo e a massa não pode engordar,
Porque se tem fome de letra, imagine o que se deve plantar?
Podemos dizer que a sociedade é assim e assado, mas o pão é um no meio de um emaranhado, que sua casca pode ser queimada porém no miolo é onde o volume deve ficar, não volume vazio, feito de papel.
Falo de um volume talvez já perdido, que cabe em letras num papel, aquele volume sentido que dá luz ao fel, mas que nos mostra a bondade dos céus!
Eis que tenho a quase que certeza, ante minhas dúvidas que já estão questionadas!
E faço figurar em versos desconcertados, aquilo que minha conjunção semântica tenta expressar, dos dias vividos e dos mais esquecidos que tento lembrar.
Sou um caso qualquer, de papel certamente sou, num momento melhor, o pedaço que sobrou.
E ainda sim, tento me julgar, pois os outros me aliviam, mas minha consciência conhece todos os abrigos, caso eu queira me ocultar!
Sinceros e desajeitados, como um dia em um papel, quase sempre rabiscado! - Tiago Evo


TihH Shallow Life

 
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