Largo as palavras
nos silêncios que agora se quebram
no bulício das esperas,
os dias passam em apressados instantes
não encontro a mudez das horas
nem os ponteiros aguardam
que chegue o tempo…
Há tempos em que a palavra seca
a inspiração vai embora
sem demoras os silêncios partem
em busca de tudo sem encontrar nada…
Abandono o caminho
sem me ausentar nem lamentar
acerto o passo para o alcançar
abraço o nada e fico na paragem
que me espera sem que eu saiba…
Medito nas margens das chegadas
não corro…abrigo-me nas Primaveras
dos sonhos onde o nada é tudo e o tudo
é o nada que me conforta!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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