Poemas : 

Verso perdido no céu da boca!

 
Tenho demasiadas Palavras nas mãos...
tantas, que me caem desordenadas
não consigo escrever à velocidade do Sentir.

E apetece-me, deixa-las cair
até fazerem um monte intransponível!

Impossível
decifrar o que transmitem
se me permitem...

queimo-as a lume!

Para lá de qualquer queixume
que delas possa sair
é melhor queima-las, que deixa-las fugir

num sopro dum vento que passe!
O Sentir não terá disfarce
ficará ainda mais purificado.

Afinal o Amor, nunca me passou ao lado
visto-o na pele!!

Um Amar de mel
que me leva às Palavras.
E mesmo quando entrego mágoas

aos Lábios que clamam Amor
para lá de qualquer dor
ou gesto de mão petrificada

os meus lábios
sempre cantarão sal, aos pés da minha Amada!

Dói-me cada Palavra queimada
orfã de verso, que se perde no céu da boca!
Louca

é esta minha vontade de nunca ser Poeta!



Andy

 
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Andy
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Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 12/06/2015 19:16  Atualizado: 12/06/2015 19:16
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: Verso perdido no céu da boca!
Que lindo, que lindo!
Um beijinho, Andy!


*-*


Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 12/06/2015 19:42  Atualizado: 12/06/2015 19:42
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1176
 Re: Verso perdido no céu da boca!
Tantas e tantas palavras, queimando, incinerando incendiando a leitura. Parabéns


Enviado por Tópico
Angy
Publicado: 12/06/2015 23:43  Atualizado: 12/06/2015 23:43
Colaborador
Usuário desde: 02/07/2014
Localidade:
Mensagens: 520
 Re: Verso perdido no céu da boca!
Muito bom mesmo !
gostei imenso


Enviado por Tópico
atizviegas68
Publicado: 13/06/2015 00:08  Atualizado: 13/06/2015 00:08
Usuário desde: 09/08/2014
Localidade: Açores
Mensagens: 1522
 Re: Verso perdido no céu da boca!
Doçura na ponta da língua...e na ponta dos dedos.

Poeta é um amputado de fala e de mão.
Sente.

Magnífico.
Parabéns.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/06/2015 00:14  Atualizado: 13/06/2015 00:14
 Re: Verso perdido no céu da boca!
Palavras versejadas de uma longitude que as peneias dos aconteceres se silenciam no amor