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Marcas da Solidão

 
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Marcas de Solidão

Na alma pálida,
qual corpo volátil,
tenra e límpida,
marcas roxas
se cruzam.

Elevada e crua,
Castigo e prazer,
Estala a solidão
Como chicote
Rasgando o ar.

Tremem as almas
Se antecipando,
Querendo sofrer,
Temendo a dor.

Carícias cruéis
roendo impiedosas
em rudes golpes.
São chamas de dor,
gotas de sangue,
que perlam rubras
de regato mornos
traçando a ausência

Quisera essa alma
palavras suaves,
doces substitutas
Confortando a dor
acariciando as feridas
mãos serenas e frias
amando-a, beijando-a,
libertando-a dos medos...

Solidão, o chicote ferino
do desespero, da ira
das palavras sonegadas,
dos gritos mudos
E audíveis lamentos.

Minha solidão,
Minha amante,
Seduz e fere!!!


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 04/07/2015.
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/07/2015 13:39  Atualizado: 05/07/2015 13:39
 Re: Marcas da Solidão
A solidão nos deixa intactos naqueles momentos que os corações ficam vazios perdendo seus sentido de pulsar.

belo poema