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Meu Lírio

 
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Meu Lírio

"Meu doce lírio, minha amante
Eterna dos campos em flor,
Vestida de cetins azul
E branco alvo como neve.

Tão dentro de mim, mas distante
Nos campos verdes do sol-pôr,
Cativa nas terras do sul,
Fustigada por brisa leve.

Meu amor, meu lírio rosado,
escrevo-te com o coração
desfeito de dor e do teu
desejo que desiste de viver.

Ouvi dizer que nesse prado,
gerado pela ilusão,
da harmonia e da beleza,
as flores teimam em morrer.

Os asquerosos germes,
de odio e de raiva,
foram-lhes traiçoeiramente
lançados, vergando-as sem dó.

E os perfumes inebriantes
Que em voluptuosa dança,
Eram ofertados à mente,
São insípidos grãos de pó.

Não morras minha terna flor,
não te curves à voragem
das chamas, em redor,
vorazes, cuspindo cinzas na raiz.

Mas se no meu coração a dor
de te perder surgir, coragem,
arrancá-la-ei com tenazes
e lhe gravarei a tua flor-de-lis".


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Bósnia e Herzegovina, Julho/1999.
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 07/07/2015 10:22  Atualizado: 07/07/2015 10:22
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Meu Lírio (de mim para a Poetisa Lírio)
Bravo, que lirismo! Poeta sem alma? Alma, coração
e brilho. Abraço Vólena


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/07/2015 10:50  Atualizado: 07/07/2015 10:50
 Re: Meu Lírio (de mim para a Poetisa Lírio)
A ternura das palavras se decanta nesse belo poema.

O um amor tocado pelas essências das flores, onde, uma alma que aclama uma bela paixão